segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Some things never change -- ainda bem.

Chegamos no ponto máximo da amizade. Escolhemos ir para praia, só e somente só, nós três. Mesmo com a previsão de chuva durante todo o final de semana, mesmo tendo que voltar cedo no domingo, mesmo estando cada uma com suas pequenas bandeirinhas da neurose. O ponto máximo - escolher ir para praia com suas amigas para assistir DVD, fofocar, comer chocolate, dar uma choradinha e dormir. Isso, minha gente, é muita intimidade. Foram muitos finais de semana e feriados naquela casa da baleia. 400 meninas empilhadas em camas e bi-camas, conversando até o amanhecer. Sempre atentas aos vizinhos do condomínio e alugando os pais: “Puuuuurfa pai, leva a gente até o sirena, a gente volta cedo, tipo 4 da manhã”. O ritual? Troca -troca de roupas e de expectativas. 499 vezes. Dançando horrores nas pistas da vida, reclamando das desilusões no caminho de volta e analisando uma a vida da outra com propriedade psicanalítica, sempre. Dormir até uma tarde, tomar o pior sol, ficar ultra bronzeada e andar até a barra do Sahy para tomar sorvete. Foram muitos filmes de mulherzinhas e brigadeiros naquele sofá. Flertes na piscina, até a mão ficar enrrugadinha. Sempre nós. Uma segurando a borda do coração da outra, não deixando sair nada fora da ordem. Os primeiros porres, chuvas e mais chuvas. Mandingas e simpatias: calcinhas da cor do amor. Os primeiros piripaques e sempre, sempre o refúgio de nosostras. Na fase do regime, na fase do pé na jaca, na fase do chororô, do vestibular, do descanso. Sempre. E esse final de semana foi assim também. 3 dvds debaixo do cobertor dando risada, com lulinha frita e troca de cremes hidratantes: “o meu é ótimo, já vem com protetor solar”. “ ah... gente, tem que experimentar esse sabonete exfoliante”, “alguém tem um elástico de cabelo para me emprestar ? ”. É muita intimidade. A gente não precisa falar mais nada. Agora, podemos dormir as 11 da noite felizes e contentes. E voltar no domingo de manhã mergulhadas em nostalgia, ouvir as músicas da época de Santa Cruz. Obrigada amadas. Yá lo. Que seria da minha vida sem vcs?

3 comentários:

Anônimo disse...

é por isso que eu amo tanto!!!!

Anônimo disse...

dá para ver vocês três lá. queridas.
saudade!!!

Anônimo disse...

é sempre a amiga e o pacote. às vezes, junto com uma amiga querida, vem o namorado ciumento, os pais muito preocupados que ligam quase todo o dia para saber onde a filha está - como se cada dia o fato de ela não dar notícias fosse uma grande surpresa. mas você, tamita, tem o melhor pacote: adoro elas.