terça-feira, 18 de maio de 2010

sábado, 15 de maio de 2010

O Velho e eterno Francisco

Depois de voltar de Paris é impossível não pensar no Chico Buarque. Não por nada. Ás vezes a gente vive uma fase mais Caetano, cansa um pouco da chicomania, enjoa que ele é bom em tudo, fica de bode desse jeito inacessível dele. Mas são fases. Ainda to para conhecer a mulher que vai para Paris, passeia da Île de Saint-Louis e não dá nem uma pensadinha: “hum, o Chico mora nesse bairro, será que eu vou encontrar ele?” Impossível. Aquela ilhota romântica, na cidade mais romântica, com a luz mais romântica... Chico, você não presta.
Ele foge das meninas histéricas brasileira... em Paris? Ora, assim não dá.
Quando vê, já estamos cantalorando Futuros Amantes nas esquinas da Rue de Rivoli. Ah, gente, isso não é justo. Porque quando entra-se numa “fase Chico Buarque”, gruda que é uma beleza. São meses escutando cds antigos, horas a fio no youtube vendo os vídeos reveladores, intermináveis especulações sobre o fim do casamento dele com a Marieta: “ele traiu? Ela aguentou? Ela é o máximo, ele está péssimo, 30 anos casada com o chico, jesus”. É muita intensidade, gente.
E os homens concordam. Nenhum é besta de criticar o Chico deliberadamente. Os mais ousados ficam em silêncio ou dizem? “é. ‘o cara’é bom”. Adoro quando eles chamam o Chico de ‘cara’. Depois vem o desespero, né? Quando vc percebe que está num buraco de Chico Buarque sem fim, tenta inventar os defeitos. Percebe alguns versos machistas nas músicas, acredita que como homem ele deve ser meio esquisito... mas não tem jeito. É um caminho sem volta. O jeito é esperar passar ou ser arrebatada por um cantorzinho de quinta que saiba como ninguém... inventar um Chico Buarque.

Para ouvir o top ten do poeta ( da autal fase)

- Joana Francesa
- Mambembe
- O Velho Francisco
- A Rosa
- Morena dos olhos d’água
- O que será (A flor da pele)
- Você vai me seguir
- Biscate
- Estação Derradeira
- Mil perdões