segunda-feira, 31 de março de 2008

Hilda Hilst


...Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.
Que este amor só me veja de partida...

segunda-feira, 24 de março de 2008

Planet


Ele tem pinta de galã. E é despachado como comediante de televisão. Fala assim pra namorada: "Tem um montão de menina querendo andar no meu calhambeque!" e depois enche ela de beijo... O Planet é o Paulinho Planet. Agitador, engraçado e corintiano roxo. Tem um metro e noventa de altura e de humor. Ele abre os brações falando "Mazoooool"e com aquela cara de mafioso do "Cosa nostra" já começa as mil e uma negociações. É do tipo que é viciado na Bahia, que faz o TCC sobre o avô e que inventa: diz que dirige devagar mas vai a milhão na estrada. Não deixa ninguém de fora porque é agregador, mas é espaçoso e não abre mão dos seus mimos. Tem que ser no dia que ele quer, na hora que ele quer. Ele sabe agradar como ninguém quando não abusa do sarcasmo. O Planet é uma tendência de moda: cria apelidos que todo mundo repete, dissemina piadinhas infames que ninguém ignora e tem um jeitinho de burlar la ley impressionantemente viciante. Porque adooooora dar um jeitinho em tudo: nos professores, nos trabalhos, nos amigos. Um descontinho dali, uma risadinha daqui e : batata! Não é que ele consegue tudinho que quer? Aí vem, satisfeitérrimo, sorriso bonito na cara e a melhor pinta de picareta inofensivo. Mas afinal de contas ... todo galã não é mesmo um pouquinho malandro?

Um respiro dos perfis


Querida Nataloka,
Semana passada fui entrevistar o Tony Bellotto. Lá no saguão do Hotel Emiliano. Aí tava toda atrapalhada e nervosa. Mas passou. Assim que ele chegou, com uma camiseta roxa e brinquinho na orelha, me surpreendeu com a seguinte pergunta: "Cadê a Nataly e a Renata?". E eu pensei "Puxa vida, venho aqui, munida de livros e informações, escova no cabelo, unha feita a típicajornalsitapadrão e ele me pergunta delas?". Eu disse: "Olha Tony, desculpe te decepcionar, mas a Renata está super atolada de coisas, vai receber o Caetano essa semana então não vai poder acompanhar a entrevista e a Nataly tá subindo os Vales de Monteserrat, acho que ela também não vai poder aparecer por aqui..." Ele riu. Me contou que nunca vai esquecer a vez que vc entrevistou ele num cais lá em Ubatuba. "Muito inteligente e espirituosa aquela jornalista da TPM. Ela me fez perguntas muito criativas". Mas me convidou pra acompanhar uma turnê dos Titãs na Espanha. Que vc acha? A primeira parada é Sevilha. Mas disse que só me deixa ir se a Re for também. Eu adorei. Ele me confessou que é super paulistano e que ás vezes se sente um estrangeiro no RJ. Eu entendi e acho que é um dos sentimentos mais difíceis de driblar -- esse de se sentir uma pessoa que não pertence a um lugar. Aí ele me falou horas de Renata, das risadas que eles já compartilharam. Me confessou que as vezes ele é muito ansioso. " Pede desculpas pra Renata. As vezes eu alugo ela um pouco com a minha ansiedade". Eu disse: "Imagina Tony, a gente é meio 'panda' mesmo." Ele riu. Acho que não entendeu a brincadeira, mas esbanja simpatia. Sabe o que ele me disse Nata? Que o segredo para o casamento dele com a Malu e pra estar com os Titãs há 26 anos é só um: Amor e vontade de estar junto. Adorei isso. Simples e sem a menor pretensão.
Te vejo em Sevilha?
:)
Bisou

quinta-feira, 20 de março de 2008

EU TBM GANHEI UM!!!! - da prima

Uma ursa que encontrei por aí...
Ela gosta de praia. De vestido. De cores fortes. O samba é a trilha sonora de sua vida, "nada de coisas pesadas" porque ela ri e chora equilibradamente. As letras do samba são assim, como ela. Tem certos dias que o que rege é: "Tire seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor". Tem outros que é bem assim: "Deixa a vida me levar, vida leva eu..." Uma lágrima, uma risada, gargalhada. Um tchá tchá tchá com os bracinhos pra cima. O goletinha prata dela possui uma florzinha no ventilador e é um grande acolhedor de caronas, cabe sempre mais um. Ela abre um sorriso branquinho e diz: vc está intimada a ir comigo para x,y,z lugar. E tem como negar? Ela encanta Tom Zé, Dona Inah, Amyr Klink, Tony Bellotto, os amigos, a família. Ela é o verdadeiro Xodó das pessoas.Além disso, ela se descobriu: Virou protagonista de sua vida. Foi morar sozinha, foi trabalhar num grande jornal, e apesar das lembranças de menina, ela guarda tudo e só desaba numa mesa de bar com os mais chegados, sejam os da curvinha do coração, os do meio, os das bordas... Aliás, quantos chegados ela tem? Puxa, acho que ela é contra aquela regra que você tem muitos conhecidos e poucos amigos. A queridinha tem mais amigos do que conhecidos. Pode? Pode. Porque ela é a MARILIA NEUSTEIN. Aquela que assina as entrevistas de domingo. Aquela que tenta entender os nossos medos, que nos ajuda a caminhar e que , as vezes , quando é muito severa, liga mais tarde e diz: olha , acho que fui muito dura. Sim, ela assume quando erra e não tem medo de dizer: me desculpa? Mas também roda a saia quando sabe que está certa.Ela é pequenininha, tem um olho cor de mel e uma pele da cor do pecado. É cheirosa sempre. Aliás, na outra encarnação deve ter sido uma flor. Tanto que o buquet(?) permaneceu até os dias de hoje. Adora um por-do-sol, umas mumunhas, uma mainha, uma cervejinha e um vinhozinho, "ah, pode uma porção de queijinho também?". Ela é uma menina que virou mulher, que cresceu, que conseguiu lidar com isso. Ela senta no divã e aconselha os mais aflitos a sentarem também. Não tem vergonha de dizer : eu te amo, eu to na tpm, eu quero um abraço. Não necessariamente nesta ordem. Como toda boa menina, guarda segredos. E quando as pessoas resolvem mexer no paradigma dela , ai que ódio!Ela tem um dicionário que é só dela, nele constam as seguintes palavras: xodó, mumunhas, tamaza, thamithcuar, lanche e otras más. No me recuerdo e algunas no podo contar!Ela tem um caminho a seguir, é guiada pelos pezinhos e pelos "pais" que tem. Se na vida passada ela foi uma flor , na próxima será um pássaro. Eita frasquinho que gosta de voar! E não é que é verdade que nos menores frascos se escondem os melhores perfumes?

terça-feira, 18 de março de 2008

Ju T.

Ela não é hippie, mas ela conserva tudo que os hippies têm de melhor. Um leve esoterismo, um gosto especial por cachoeiras, uma vontade de mudar o mundo -- de verdade. É chegada numa rodinha de música e num violão. A Ju T é a Julia Trujillo. Uma antropóloga muito faceira que se debandou para Barcelona e lá aprendeu os maiores segredos da gente. Ela é uma composição original. Um roteiro adaptado para trazer mais graça para cidade da garoa. A Ju faz aulas de dança, sabe cantar, pintar as próprias unhas e falar tupi- guarani. Ela me acompanha em eventos super "abacaxi"porque é companheirona. Fica ali do meu ladinho e ainda faz comentários para descontrair. Ela é do tipo que olha no olho e não tem medo da opinião dos outros. Só que ela não tem a noção da coragem que ela guarda lá dentro. Tem uma dramatacidade de quem sabe mexer e dominar as emoções. Ela vai para a Bahia com uma mini-mochila, ela me ajuda a estacionar o carro sem perder a paciência. Ela tem uma borboleta desenhada na nuca, brinquinho no nariz e um monte de sardinhas. Ah sim... e ela tem personalidade forte. Espanholita arretada mas cheia de graça. Ela não é muito aberta ao novo. Gosta de ficar perto das pessoas que ela já conhece. Mas é uma manufatureira de mão cheia. Ela leva lembrancinhas para os meus pais quando viaja comigo. Ela sabe dançar jongo. Ela tem mãos e pés pequeninos. E um sorriso de humilhar qualquer modelete. A Ju é a hiponguinha que me ensina de fato -- a mudar o mundo.

segunda-feira, 17 de março de 2008

LUCA


A gente se conheceu as 3 anos de idade. Entrando e saindo de caixas de papelão com tules coloridos nas mãos. Éramos fadas e princesas. Talvez algum animal estranho só existente na nossa imaginação. Depois, foram anos seguidos de sonhos ainda -- porque não -- infantis. E risadas i-n-t-e-r-m-i-n-á-v-e-i-s. Aí abandonamos as carreiras de atriz. Mas nunca o espírito de criatividade e fantasia. A Luca é a Lu Seleme. Ela não bebe cerveja. Toda vez olha meu copo e suspirando diz assim: "queria tanto gostar de cerveja". Ela sabe de Michael, de ziriguidum e tudo que toca a alma. Ela tem um faro para as energias boas. Ela me chama de Mazinha. Me abraça e viaja com os meus amigos. A gente faz churrasco sozinhas enquanto eles assistem jogo de futebol. Os olhos são os mais lindos de SP. Verdes, grandes. Ela nunca está longe. Com ela eu sei que eu posso querer sair no meio de uma festa, nem ter que explicar porque. Comigo ela sabe que ela pode querer levantar no meio do pôr-do-sol sem me explicar porque. Para ela eu posso contar todos os meus pecados -- ela nunca vai me julgar. Porque está acima dos sentimentos terrestres. Ela vê beleza nas coisas e nas pessoas. Ela não é piegas. Ela sabe músicas bregas, é PHINA e não tem uma visão quadrada da vida. É ainda o rastrinho do cometa rumo à Amsterdã. Te vejo lá. Uma beija

coisas que eu aprendi de ontem

-- Não dá para ser panda o tempo todo.
-- Ex-lanche é uma coisa um pouco desconfortável.
-- Ah... azar né?
-- Tem amigas que são para o resto da vida.
-- Briga nunca é uma coisa eterna, não é mesmo?
-- Chuva + TPM + Domingo = una combinación FATAL.

... são as água de março fechando o verão...

quinta-feira, 13 de março de 2008

Natalinda


A Nata é o seguinte: a gente tem que administrar o nosso afeto. Porque senão, ninguém trabalha por causa das risadas no msn. Porque senão, a gente entra no maravilhoso mundo do Pedrito Almodóvar e não sai nunca mais. A Natalinda é a Nataloka é a Nataly. Então deixa eu tentar explicar... ela troca e-mails com a minha mãe, me visita quando eu fico doente, me chama de Marilinha e as vezes chora junto comigo. A gente assiste juntas no youtube, cenas dos filmes que a gente mais gosta. A gente passa horas falando besteiras e trocando segredos de liquidificador. A gente já se confessou todos os preconceitos e perseguimos juntas escritores em Paraty. Ela se sensibiliza com "las injusticias", ela gosta da Audrey Hepburn cantando "moonriver" na janela. Ela sabe o que é o amor. Coisas de jornalista da Puc, de uma menina loira e sensível que mora no Ipiranga e que atravessa a cidade inteira no paliozinho vermelho só pra tomar um copinho de cerveja e dividir algumas gargalhadas. Ela tem os avós mais lindos e carinhosos do mundo. Ela baila Flamenco e fala com delicadeza. Anda nos tacones, é linda e não esnoba ninguém. Sabe rir de si mesma, porque tem uma espirituosidade sem precedentes. Foi por incentivo dela que esse blog nasceu. Foi dela que eu lembrei quando assisti Lecuona do Grupo Corpo. Porque ela é uma mistura de Tango, bolero e a música mais linda da Bethânia. E foi com ela que eu aprendi a graça das palavras e o real significado de saudade.

Carol


O Paulo Francis disse uma vez no programa Manhattan Conection a seguinte frase: "e daí que eu sou contraditório ? Toda pessoa inteligente é contraditória". A Carol é a contradição.Porque causa sentimentos contraditórios. Carol é a Carol Ralston. É uma drama- queen. Chooooooora, grita e se descabela pelas razões mais banais. E cinco minutos depois está na pista de dança se acabando e dando boas risadas. Sempre com um copinho na mão e 5 idéias na cabeça. A gente não sabe se ignora o drama ou se embarca junto nele. Porque a Carol é paixão pura. É inquietação, é pulsão de vida, é Eros pura. Ou melhor... a própria Afrodite: ciumenta, linda e cheia de poderes ambivalentes. Ela nasceu na década errada, porque ainda paira em Woodstock e canta "give peace a chance" lá juntinho com Lennon e a Yoko. É a única sagitariana que eu conheço que na verdade tem essência de escorpiana: porque se mata e se regenera a cada cinco minutos. Porque embarca nas coisas. Ela ama comida japonesa, sabe de religiões, é chegada numa tatuagem, foi eleita a mais charmosa e não dispensa um grude com as irmãs. É a melhor marinheira e uma péssima tripulante. Porque não há regras que coloque essas três florzinhas tatuadas na linha. Ela é indomável e ao mesmo tempo tem o sorriso mais doce. As mãos aflitas segurando o pescoço, um choro que escapou e um abraço cheio de ternura. É uma dose viciante de contradição que todo mundo deveria experimentar, isto é, se vc for um dos afortunados que ela escolher...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Marcolino


Sabe outra coisa que dizem por aí ? Que não existe amizade entre homem e mulher. Mas eu eu o Marcolino quebramos esse protocolo. Ele é uma coisa. Uma coisa especial. O Marcolino é o Marquinho. Ele me pega em casa e a gente roda São Paulo inteiro, se for preciso -- atrás de algumas risadas. Ele senta no bar com as minhas amigas. Ele ri com elas e comigo. A gente vai assistir o fim de tarde na pôr-do-sol. Ele aguenta todas as minhas neuroses e histórias de mulher histérica e infantil. Porque ele acha graça. Acha graça na vida, no futebol, nas ligações inesperadas, nas reações e o mais importante : em si mesmo. O Marcolino é o meu companheiro de viagem, meu irmão mais velho, que cuida de mim sem ser demagogo ou ciumento. Porque ele tem aquela pureza de que é do bem, sabe ? Que não faz nada forçadamente, faz porque quer, porque é de coração. Ele é um moreno que arrasa quarteirões e no entanto não se acha o Jonnhy Deep. Ele fala de qualquer assunto com propriedade sem parecer metido. Porque ele tem a qualidade que eu mais admiro: leveza. É, leveza mesmo. Por isso a gente toma água de coco juntos em Iporanga, por isso a gente finge que dança forró, por isso a gente chora as pitangas dos nossos relacionamentos frustrados. Porque ele é leve. Porque ele me pega na porta do clube dele quando eu tenho vergonha de entrar. Agora quem vai dizer que não isso não é Amizade de verdade ?

Prima


Ela é linda e doce, assim... uma menina com uma flor. É a prima que eu escolhi pra mim. A gente briga? Ás vezes, sim. Mas ela chora um pouco, eu também e tudo fica bem. Porque eu sou uma ursa e ela uma joaninha. Nós somos explores enquanto o resto do mundo é excell. A prima é a Renata Megale. Foi ela quem me apresentou a música mais linda do Caetano. Foi ela quem me levou numa exposição só com gente do trabalho dela "pra eu conhecer as pessoas". Também foi ela quem armou uma entrevista com o par de olhos azuis. Ás vezes sofre demais. Tem um choro de criança e uma casa cheia de pequenos detalhes. Detalhes de menina. Porque ela é meio menina. Ela gosta de Amoz Oz e de seriados americanos. Detalhes de mulher. Porque ela é meio mulher. Ela mora na Rua Brentano com um gatinho sapeca. A Re é generosa : faz chaves para os amigos aparecerem, empresta os DVDS, abriga os desabrigados e não gosta de dividir a conta. Ela é uma joaninha da sorte. Ela sonha os sonhos mais lindos e nunca perde o refrão da música. Porque ela é assim... uma menina com uma flor.

TAMAZA

Ela é meu xodó. Ainda não tem a palavra xodó no dicionário. Mas o que eu quero dizer é que ela mora na curvinha do meu coração, porque é a única que tem um abraço que encaixa perfeitamente no meu. Tamaza é xulis, é a Ju-xodó. O melhor papo na mesa de bar. Ela ouve, ri e dança cheia de verdade. Ela nunca deixa de ser ela mesma: na rua, na chuva ou numa casinha de sapê. Ella habla la lengua más dulce, com uma risadinha que sueña una canción. Sempre com as bolsas mais bonitas, grampinhos no cabelo e a melhor música no som do carro. Sabe o usar ironia sem ser inconveniente. Sabe ser espirituosa sem ser engraçadinha. Ela tem o humor na medida certa. É de longe melhor anfitriã, tem as palavras perfeitas e sempre alguma estrela cadente escondida na manga. Não importa onde: em caminhadas na baleia, jantares no japonês, conversas de horas numa sorveteria, em Paris comendo falafel, na recoleta tomando uma Quilmes ou em momentos na beira de qualquer lugar. Duas pintinhas no rosto, uma mão no volante e saravá. Ela é um suspiro colorido em dias cinzas. Me ensinou o que são tamazos totales, me ensinou a cantar Lou Reed. Ela é a mais fiel e livre de julgamentos. É o meu xodó porque sabe de cada coisinha estranha que passa na minha cabeça. E aceita tudo isso com o maior amor. Nunca vi tamanho encontro de almas.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Papas


15:00 da tarde e ele cantarola Roberta Sá no refeitório do Estadão : " Se você quiser saber, interessa?". Dá meia dúzias de bufadas e depois cura tudo com um risinho entrecortado que eu adoro. Papas é Pedrinho, Pildo e Pedro Henrique. Pé-de-valsa, sabe letras de samba de cor e cuida com amor do copinho de cerveja. Reclama de tudo: da comida, das matérias, dos chefes, dos amigos... mas não vive sem nenhuma das "bodices" dele.(Vai ficar bravo que eu disse isso, mas o blog é meu e eu escrevo o que eu quiser e ponto). Ele é a trilha sonora do fim de tarde. Um gostinho de bala doce e um espinho cravado na sola do pé. Teimoso, competente e carinhoso. Atrasa a carona todos os dias, mas chega esbaforido porque "foi sem querer". Não perde um show de MPB,é chegadinho num mimo e tem sempre uma pitada de humor. Ele segura na mão de verdade. Ele inventa apelidos. Ele entra na brincadeira. É o mal-humoradinho mais querido do Brasil, disso eu tenho certeza. Ganha homenagem, dedicatória, presentes e jantares mexicanos. Retribui cada uma dessas coisas com uma fidelidade religiosa. E eu agradeço -- Amém.

KIRU


... dizem que as rosas não falam. Mas é porque Cartola não conhecia a Kiru. A Kiru é Carol. Ela é princesa, é colombina e não sabia andar de bicicleta até os 15 anos. A Kiru entende de amor, de brigadeiro de panela e de respiração. Ah sim... todos os tipos de terapia holísticas: reiki, yoga, videntes, cartomantes, nelmas e sempre uma boa risada. Tem os olhos da Capitu. Os bracinhos de Iracema. Mas não dispensa o "raito de sol" para ficar com "o bronze do milênio" mesmo que seja no primeiro dia de praia. A Kiru é rainha do palco. É Carmen, é Ofélia, é cada menina de Tcheckov. Sabe ouvir como ninguém, tem a luz das acácias e uma pitada apaixonante de ousadia. Não caminha contra o vento, sabe de família, sabe de pegar na mão e de falar baixinho. É uma companhia maravilhosa para fazer expedição no Bom Retiro, no Cristo redentor, maracangalha e onde mais tiver "uma nova promessa". Dorme tarde, lê no sol, ama abacaxi (a fruta), tropeça -- mas sempre levanta. Sabe ditados que ninguém lembra, sabe falar da música exata no momento exato. E tem uma fala perfumada de mel... e quem disse mesmo que as rosas não falam?
Já sei. Vou apresentar os personagens protagonistas da minha vidinha aqui. Não por ordem de importância, mas por ordem de inspiração. Assim faço uma homenagem aos que aguentam o meu jeito manhoso -- sério, não é fácil. E ainda, de quebra, treino escrever perfis. Passei um apuro tentando escrever o do Tom Zé...
:)
Aguardem.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Conselhos de BEBELITA

Ela agora é faixa laranja no Kung Fu. Laranja no protocolo de cores do reveillón é a cor da ENERGIA. Como se ela precisasse! Minha querida é a "Durabell", tem energia pro samba, pro choro, pro copo gelado e pro papo mais sério. Laranja é a fruta que tem a flor mais cheirosa e a vitamina mais potente. Por isso é que ela merece.
E ela ensina numa cartinha no day-after:

é amiga, bebedeira mega...
1 vc ligou pra ele
2 tb pro outro
3 isso acontece
4 passa
5 mas nao da corda, tipo: "ó tava bebada, pensei em vc e acabei ligando, mas desculpa ai..."


Aí eu pergunto, tem como não amar ?
:)

Tem uma coisinha...

... que eu queria te dizer. Mas você me abraçou tão forte que eu fiquei speechless. E tudo bem né? Outras mumunhas mais. Meu coração vagabundo quer guardar o mundo em mim. O que seria da gente sem o Caetano ? "Você é o cheiro bom da madeira do meu violão". Te perguntei porque você tava indo embora e você me respondeu com toda a doçura "porque eu não posso ficar muito tempo perto de você".

Até pouco tempo eu era uma expectadora da minha vida. Via as pessoas e pensava como elas podiam ser assim... viver de verdade. Quando passei a experimentar o gostinho de luz que é viver, não consigo me desligar mais. É uma ansiedade, é pouco silêncio, quase nenhum escuro.