segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Aviso aos visitantes anônimos

Neste blog a discussão e divergência de ideias é bem-vinda. Desde que os comentários sejam educados e devidamente assinados. Do contrário a Mazinha “pequena” aqui, vai apagar. Se assinados e assumidos, convenhamos - quem tem coragem de postar, tem que ter, no mínino, a descência de assinar - podemos conversar e fazer desse espaço um debate produtivo. Estamos conversados, meus pequenos covardes?

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sobre dirigir sem carta

E então era para ser só um fim de semana em Iporanga. Já no final da tarde de domingão, a caminho de Sp, com um amigo que é considerado um ás no volante... Batíamos papo descontraído, ao som de Kaya na gandaia, coisa e tal...
Chapter I - a batida policial
-- Mas nada nunca aconteceu comigo sem carta de motorista, Marilia. Esse país é impunidade pura.
-- Eu sei, PP. Mas sei lá né?
Cinco minutos e um farol vermelho furado depois...
-- Ai Mazola, a polícia.
Tornando a longa história curta. Ele com a carta vencida em 2005. Eu com a carta vencida em 2007. 2 celulares sem bateria. Nenhum orelhão funcionando decentemente na cidade do Guarujá.
Chapter II - o guincho.
-- Fica aí que eu vou tentar ligar para alguém de algum lugar, me disse o PP.
De repente, enquanto aqueles dois policiais anotam todas as informações do carro... chega um guincho.
-- Será que a senhora pode retirar seus pertences do carro que nós vamos guinchar o veículo- me disse aquele cara fardado.
-- Mas como assim? O Sr. Policial vê que estou aqui esperando e não me diz nada, vai logo chamando um guincho...
Tornando o segundo capitulo curto... quando percebi que de nada adiantava dialogar com aqueles ignorantes sobre o papel público da polícia, sobre a falta de respeito deles comigo, já que eu tbm estava presente no carro e ninguém me informou de nada, eu comecei a chorar. É chorar mesmo... espernear. Olhava para o infinito... chorava, disse chorando que eu precisava trabalhar na segunda, que como eles tinham coragem de fazer aquilo, que era abuuuuusooooo de poder, PORQUE VCS ESTÃO FAZENDO ISSO COMIGO???? Até que o policial André se sensibilizou: " oh D. Marilia, não chora assim que eu fico com peso na consciência. Eu empresto meu celular se vc prometer que vai parar de chorar". Mas a sensibilidade deles não adiantou porque meu carro foi embora com o guincho e o guincheiro, já meio de ladinho e contradizendo os policiais, disse: retirar o carro... só amanhã de manhã. - acho sussa mesmo.
Chapter III - Uma noite no Guarujá
Dizem que o Guarujá já foi a menina dos olhos do litoral paulista. Mas é impossível acreditar. PESADELO. Poluído, perigoso e deprê. Isso sem contar os donos de "pousada" bêbados. Enquanto o PP negociava com o taxista o trâmite do dia seguinte, o dono da 'pousada' me dizia: "é, tenho que tomar umas pra conseguir dormir, entendeu?". Bem legal, mesmo, moço. Agora que eu vou me sentir segura nesse negócio que vc chama de 'pousada'.
Chapter IV - A liberação do carro.
Depois de apelar para o choro algumas vezes e conquistar a simpatia dos guincheiros e guardas do pátio de carros, percebemos que o buraco era muito mais embaixo. Não tava nada sussa, ali. Envolvia procuração, cartório, gente descer de SP para resgatar os dois perdidos num Guarujá sujo...
Bom - se o que não tem solução, solucionado está -Eu e PP ficamos em uma salinha, plantados do lado do orelhão, embaixo de um ventilador durante umas 5 horas. Foram mais ou menos 7 programas do tipo "globo esporte" diferentes, na TV da salinha. Algumas broncas vindas da metrópole: "como vc viaja sem carta e sem celular, Marilia? " e um ou outro alento vindo dos seres humanos que vagavam por ali e viam nossas carinhas desesperadas. Eu, depois de ver 8767565 vezes os mesmos lances do jogo Corinthians e SP, já estava decidindo se o Tulio e o André Dias tinham simulado a falta no jogo de domingo - meninas, olha a que nível de desespero eu cheguei. Já o PP começou até atender o telefone do Guincho com uma precisão e profissionalismo que nossos amigos guincheiros embriagados não tinham.
Chapter V - Ah... a fraternidade
Depois de meu irmão lindo resolver os problemas burocráticos e o Chuchuzinho do irmão do PP ir hasta el Guarujá nos salvar... ainda tivemos que depender da boa vontade daqueles que trabalham no serviço publico - vcs podem imaginar, né? Debaixo de um sol de rachar a moleira e agüentado a grosseria alheia. Mas conseguimos resolver o imbróglio.
Novela terminada, Luiz Melodia no carro e um silêncio de quem não tinha energia pra falar mais nada, chegamos em SP, as 4 da tarde.
Isso é para aprender a lição, viu crianças?
Ps: Beijo especial no Fe, meu irmão lindo que ajudou a gente com boa vontade e rapidez e no PP por me agüentar em momentos de mulherice e histeriquice aguda.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

- Mas assim, inconstante como?

Prometo que vou ficar quieta

Como posso falar disso tudo a você, menina solene, mimada pelo aborrecimento do universo, sem criar uma barreira de resistência enorme? Como te dizer que você, amiga, continua a responder à urgência da felicidade do mundo com uma ansiedade sem precedentes? Seu sorriso, minha querida, tem a candura generosa de quem olha para o outro e não reconhece o próprio assoalho de sentimentos destrutivos. E eu, amiga, amiga- mãe, amiga-onça, amiga-leoa - preciso de palavras novas. De uma língua muda, expressões que sejam escritas em silêncio e lidas com a intensidade de um coração rasurado. Palavras que te curem da cegueira - que não cerra os olhos, mas os deixam abertos para a dor. Ou palavras, que no mínimo, me tirem essa preocupação da cabeça. Antes você vertesse em lágrimas de raiva a ficar com essa expressão de quem faz da infelicidade, pouco a pouco, sua almofada. Minha querida, eu sei que cada um tem seus segredos e seus espinhos afetivos, mas me arrepia ver você se entregar à filosofia daqueles que são condenados à própria forca. Eterna caçadora de luz, você merece aquele tempo - coleção de instantes suspensos - com acordes de Chico Buarque e gostinho de amora roubada do vizinho.
Mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar e muito menos ensinar esses caminhos de cachoeiras perdidas.
Um beijo carinhoso.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Dorival Caymmi


Dia dois de fevereiro

Dia de festa no mar

Eu quero ser o primeiro

Pra salvar Yemanjá

Eu mandei um bilhete pra ela

Pedindo para ela me ajudar

Ela então me respondeu

Que eu tivesse paciência de esperar

O presente que eu mandei pra ela

De cravos e rosas vingou

Chegou, chegou, chegou

Afinal que o dia dela chegou...