sexta-feira, 6 de junho de 2008

Sobre a folga

Já faz um tempo que eu quero escrever um textinho destinado às pessoas folgadas. Não é que eu seja uma mini-Fernanda Young que se irrita com tudo.Pelo contrário. Sou super panda e detesto gente amarga que se irrita com qualquer bobagem. Mas se tem uma coisa que me tira do sério é gente folgada. Gente folgada não olha pro mundo, vive na bolha : “eu -umbigo do mundo” e não tem a menor culpa em dizer: “sou egoísta mesmo”. Eu ouvi isso duas vezes na semana passada, assim, com a maior naturalidade. Sabe gente, ser egoísta não é bacana não... é um defeito. Onde que virou “ok” ser uma pessoa egoísta? É... porque as pessoas têm vergonha em dizer que são preconceituosas, que são avaras, mas egoístas não. É super normal. Isso me deixa incorformada. Gente folgada acha que domina a própria vida e mais... é dono do nariz do vizinho. Opina onde não é chamado, sabe ser incoviniente e espaçoso. Gente folgada não entende o que é gentileza. Lá vai vc, ingênua e fofa, fazer uma coisinha buni, e os folgados de plantão já entendem isso como sua obrigação. Folgados não agradecem, não retribuem e ainda consomem mais e mais. São mini aspiradores do brilho dos outros. Se encostam e acomodam-se na educação e altruísmo de quem valoriza os “pequenos tesouro das armadilhas terrestres”, como diria o Paulo Mendes Campos. Ainda bem que isso não acontece comigo né? A gente sofre um pouco mais do que eles -- os folgados, mas também... acho que se eu só olhasse pro meu umbigo o dia inteiro eu enjoaria rapidinho. Acreditar que você é melhor que os outros deve ser tão enjoativo e pobre. Ainda fico com os tropeços do dia-a-dia que não poucos, mas que definitivamente, são mais autônomos e gratificantes.

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