sábado, 31 de maio de 2008

Schopenhauer

O Schopenhauer é maluco. É a melhor definição que eu encontrei pra esse amigo que eu sou viciada. O Schopen é dramático, exagerado e intenso. O Schopen é o Betinho. Um Maluco Beleza, vício que não sai. A gente gruda. São telefonemas quilométricos, dias e dias perambulando pra cima e pra baixo. Horas trocando confissões e pequenas promessas. Ele vira mágico quando pega aquele violão. Completamente atrapalhado. Fala que vai, não aparece e depois se desdobra em mil pra tentar compensar. É insuportavelmente cativante. Minha raiva dele dura 15 minutos. Ele quebra qualquer carranca com carinhos e afetos. O Betinho toca as músicas que eu gosto pra me agradar. A gente gargalha juntos. Por besteirolas, banalidades mesmo. É o jeito dele, que fica fazendo graça, palhaçadas. vício. Ele ocupa espaço, aparece mesmo quando eu não convido. E faz manha. É o ser humano mais manhoso que eu já conheci. Chantigista emocional bem baixo. O mais baixo de todos. Não aceita um não. Eu? Escuto com a maior paciência ele falar detalhe por detalhe das aventuras amorosas dele. Vício. Ele me chama de "pão" e fuma cigarros com a minha mãe na varanda da praia. Ele não gosta de tomar café da manhã e detesta conversar quando acorda. Com ele aprendi a gostar de Lenine e João Bosco. Comigo ele aprendeu que não adianta mentir. Vicio. Ele não larga aquele msn com 400 prospecções. Ele não larga dos irmãos. O Schopenhauer vive indo embora. E voltando também, porque é vício.

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