terça-feira, 20 de maio de 2008

Fashion para leigos

Natalinda,
Ontem fui entrevistar o Tom Ford com a Dóris. Coisa phina, viu? Fui pra dar uma força pra ela no inglês porque ela estava tão nervosa que não conseguia nem falar direito. Homem lindo, elegantérrimo. Levou uma equipe de 10 pessoas só pra deixar tudo do jeito que ele quer: o quarto aromatizado, as toalhas impecáveis, gente servindo canapézinhos durante a entrevista. Aí eu já imaginei um cara afetado e maluco. Mas não Nata, ele é incrivelmente simpático e carismático. E eis que ele me diz, em meio suas declarações evasivas e inteligentes: “Aproveitando a entrevista, vcs conhecem uma menina chamada “Nataly” ? -- com sotaque texano forte. Eu ri baixinho e disse que sim. “Vi ela numa figuração de um filme trash catalão. Me encantó, bella raggazza”. Me falou ele, misturando as 400 linguas que tem fluência. Eu ri mais ainda. Meio nervosa, disse: “ Sabe q´que é Tom? Ela tá na França com la abuelita que es un trocito de pan e com a mãe, família é família né ? ” Ele, cheio de graça respondeu: “definitely”. A entrevista foi rápida, mas antes de apertar a minha mão e me chamar de “sweet girl”, não me deixou esquecer: “quando vc encontrar com ela, diga que a quero na minha próxima campanha”. I won´t forget. Viu Nata? Trata de ir pra Beverly desfilar no tapete vermelho. Eu? vou sempre te aplaudir, amiga.
SAUDAS
Mazi

2 comentários:

Nataly disse...

Hahhaha, amore!
Quando vc falou Tom Ford, pensei, é o homem das gafas? Ele parece um querido. Mas olha, se for pra sair na capa da Vanity Fair, jà aviso que quero pelo menos um paninho, no maior estilo deusa diàfana.
Amo vc amiga. Demasiado!

Rodrigo Martínez disse...

Falando em moda... eu nunca entendi direito "o que é que a moda tem".
Nunca entendi o porquê fazer esses desfiles extravagantes com roupas que - convenhamos - ninguém vai usar. Ou então vai ver que algumas pessoas realmente usam e sou eu que não conheço gente rica e chique assim.
Enfim, um dia encarei esses desfiles como uma exposição de arte. Assim como há pinturas impressionistas, esculturas modernas e música elétrica, há também vestidos extravagantes. A moda então seria uma manifestação artística como qualquer outra, bem efêmera porém. Coisa da modelo ir até lá, dar uma paradinha e voltar.
A partir de então passei a ter menos asco de desfiles de moda... mas continuo achando um tanto absurdo uma modelo de passarela ganhar mais, muito mais, que todo o corpo docente de colégios aqui em São Paulo - principalmente os públicos.
Mas enfim... são poucas coisas que não achamos absurdo hoje em dia, né?