segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Mumunhas

Arrefecendo as palavras, afrouxando os nós. Devagarinho a gente vai se libertando um do outro. Aos poucos, toda bobagem que vc me falar, não vai me atingir. Isso é libertador, é triste e é como um mandamento. Aquelas pinçadas no coração se tornam alentos, matéria prima para raiva que toma o lugar da culpa. Esse estranho medo de perder a luzinha, estilhaços das palavras mal colocadas. São passos de tango sem música. Escorregões em ladeiras molhadas. Ser quase sempre, é também um pouco não ser nada. Tudo isso é de uma beleza épica e cansativa. Duas notas acima do tom e dois degraus abaixo do céu.

3 comentários:

Uma Ju disse...

lindo isso, mazi. muito poético.
um, uma oitava acima; outro, uma oitava abaixo. desafinados, não há dança.
mas a vidaloca tá "llena" de doces melodias, muito mais melódicas e interessantes.
é só chamar que elas vêm. todas cheias de vida, de poesia, assim, bem assim como você. tudo na mesma proporção.
amo-t.
peace!

Mariana Dall' Acqua disse...

ADORO!
mumunhas
perfeito!

Ana Elisa Faria disse...

oi, Mazinha!
Que lindo esse post. Adorei.

Vou visitar mais vezes seu blog.

beijocas,
Ana.

(A Ana da PUC, freela do Paladar...rs)