quarta-feira, 9 de julho de 2008

Sandroca

Ela é minha companheira de mio. Explico: é difícil achar, hoje em dia, manhosas de verdade. Digo, genuinamente manhosas, não do tipo "falseta", que fazem manha só para conseguir qualquer bobagem. É manha inerente, que tá no sangue. A Sandroca é manhosa como eu. Quando a gente se encontra é tanto mel derramado, que as pessoas perto não agüentam. Uma miação só. Ela é toda pequenininha mas é arretada! Iansã danada, não tem quem coloque essa aí na linha. Mas a Sandroca engana, viu. Bebe? sim. Chora? horrores. Ama? sem um pingo de medo. Mas sabadão de manhã, ela tá lá na aula, inteira. É responsável, profissional, dona do próprio nariz. E não deve nada pra ninguém. Estufa o peito de coragem e vai. Euzinha não me atrevo a brigar com ela, porque quando baixa a raiva nessa maluquete... sai de baixo. Mas é doce, carinhosa e toda feminina. Foi a Sandroca que me ensinou o que são as verdadeiras "músicas de amor". Ela me puxa a orelha pra não cair nas armadilhas mais óbvias dos cafajestes. É... porque essa aí, esbanja charme. Chega toda agitadinha, pernocas de fora, explodindo auto-confiança. Ela tem tatuada no pulso uma flor linda, coisa de mulher decidida, forte. A gente troca doçuras, ela me passa notinhas e me dá abraços apertados. Eu faço carinho no cabelo dela quando ela chora e escuto as mazelas de menina aventureira e intensa. Temos fases mais distantes, é verdade, mas a razão é nobre: tanto mel junto, nem nós mesmas damos conta.

4 comentários:

Anônimo disse...

Marília Dantas, a Xodó. Miadinhos, sussurradas, choramingadas e todos os outros charminhos e chamegos são as características mais “Marília” que conheço.
Sabe paixão a primeira vista? Foi assim! Ela apareceu no meu telhado, eu estava lá tomando meu solzinho, dando minhas lambidas, minhas miadas e desfilando para os gatos do telhado vizinho e ela surgiu saltidando com seu rabo aleatório e pulou em cima de mim.
Miauuuuuuu, oiiiiii, quero ser sua amiga, miauuuu, olha aqueles gatos ali do lado, MIAUUUUUUUUUUUU, humm, quero, miauuuu, vamos?! Miauuuuuu
Parei, olhei e pensei: que gatinha mais danadinha! A-D-O-R-O!
Aí que tudo começou. Desde então, ganhamos os telhados vizinhos e quando nos demos conta, os telhados já estavam pequenos para estas duas gatinhas.
Metáforas a parte, essa baixinha geminiana (não, não estou falando de mim, estou falando dela), ganhou meu coração e o título de Xodó.
Minhas tardes sempre ficam mais floridas com seus emails, musiquinhas, fofocadinhas e trocas de trabalho. E as noites divertidíssimas com as muitas risadas e intermináveis histórias sobre os homens de nossas vidas (alguns em comum, hein! Ops, mas não ao mesmo tempo).
O tempo foi passando e a paixão aumentando. Apesar de não nos vermos com tanta freqüência, já que os telhados são muitos em São Paulo, sempre rola uma brincadinha com nossos novelos de lã quando nos encontramos.
Querida, linda, inteligente, divertida, educada, sensível... xodó! Pra sempre minha xodó!

Anônimo disse...

Marilinha, seu blog está uma fofura como você, leve e emocionante. Te linkei no Doidivana pra lembrar de vir sempre aqui, sentir esse ventinho gostoso. Um beijo

Anônimo disse...

ê rasgação de seda... rs.
miaus à parte, posso me juntar nessa gataria?
pedrinho

Gabi Borges disse...

Adorei o seu blog!
Sou amiga da Ju Dantas e peguei o seu endereço lá no Os Mais Doces Barbáros. Aliás, você é prima da Ju?
Bom, aí, funçando nos seus posts, achei esse aqui, sobre a Sandra. Ê mundo pequeno. Conheci a Sandra em Ilha Grande, depois fomos para uma fazenda nessa páscoa. Sou amiga de uns amigos dela! Virei fã, tenho que confessar...(Sandrinha, se ver ler isso, sou a Gabi 'Carioca', sabe? rs)

Vou adicionar o seu Blog na lista do meu Blog, ok? Passa por lá: esbanjandojuventude.blogspot.com
Beijos!