quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Rilke


Que, seria, com efeito, uma solidão (faça essa pergunta a si mesmo) que não tivesse grandeza? Há uma solidão só: é grande e difícil de se carregar. Quase todos, em certas horas, gostariam de trocá-la por uma comunhão qualquer, por mais banal que fosse; por uma aparência de acordo insignificante com quem quer que seja; com a pessoas mais indigan. Mas talvez sejam essas, justamente, as horas em que ela cresce, pois o seu crescimento é doloroso como o de um menino triste como o começo das primaveras. Mas tudo isso não deve desorientar. O que se torna preciso é no entanto isto: solidão interior.

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