terça-feira, 29 de setembro de 2009

we´ll have ...

... se o Arnaldão não é nada saudosista, sorte a dele. Acho que eu sou um nani. Não é assim... um saudosiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiismo, mas sofro de uma nostalgia melancólica, as vezes.
Ontem, por exemplo, tive que voltar à faculdade para buscar meu famigerado diploma. Achei que ia ser indolor e tal. Mas dá? Quem tem olho voltado para fora, é um caminho sem volta. Seria bom passar imune à algumas coisas.
***
Chegando à Pontifícia, a avalanche. Os olhinhos atentos não deixaram passar nadinha de nada.
A PUC não é mais a mesma. As casinhas antigas das redondezas e fundos de quintas usados como estacionamentos pelos flanelinhas, deram lugar a uma Amor aos Pedaços apoteótica e um mini complexo de conveniências. Bem American Way. Mas pera lá. A PUC é tudo, menos conveniente. Ter uma Amor aos Pedaços na rua detrás é quase uma afronta ideológica. A PUC é sujinha, é low-profile, é hippie... é uma delícia! Minha mini angústia aumentou quando, na hora de buscar o diploma, não demorou mais do que... 5 minutinhos. Opa, opa! Aquela universidade é tudo menos rápida. As coisas são feitas a mão, tudo demora, são trocentas burocracias... Mas agora mudou, até senha eletrônica tem na secretaria. Primeiro Mundo, pessoal. Poxa, não faz tanto tempo assim que eu saí, para eles aprenderem a fazer as coisas "direito"... Azeitona.
Já resignada, fui andando por aqueles corredores e de repente, em meio a tempestade, veio. A PUC que eu conheço. Junto com ela, minha mininostalgia. Descendo a rampa vejo um cartaz: "Ato na praça da cruz, amanhã. Contra a proibição na PUC". Ahhh home, sweet home. O povo das artes do corpo está lá, jogado no chão do quinto andar, depois da aula de massagem. O prédio continua velho, as meninas estão de saias rodadas, flores no cabelo e bijuterias compradas em Caraíva. Falam com gírias de psico-puc e combinam de ir no forró. Sim, forró. Os meninos, com jeitinho de Bronx ,se misturam aos terninhos e gravatas dos mini advogados. Na porta do xerox, um cartaz pintado a mão: "FESTA OPEN BAR - compre os convites aqui". E o fulano no violão arranha o eterno reggae. O pão de queijo ainda é gostoso e a CONFIL tá lá, igualzinha. Rastafáris espalhados pelo pátio, um CA caindo aos pedaços e ele... o professor vagando por ali.
***
Já com diploma em mãos, cabelos arrepiados com a chuva e a sensação de pós azeitona. É, um sentimento de alívio apareceu. Foi a certeza de que foi muito gostoso. Tudo. E que querer postergar isso, é bobagem. Porque o que a gente tenta levar, bem sei, não dá certo.
E ah... um pouquinho de saudade não faz mal pra ninguém sentir.

3 comentários:

Mariana Dall' Acqua disse...

a certeza de que foi muito gostoso. Tudo. ahhh a pontifícia!

priiiiiiiiiiiiiiiii disse...

ahhh até deu saudade de lá!
uma cervejinha pós aulinha?
bora lá?

Uma Ju disse...

oh!
puc is puc forever, mazi.
lov.