terça-feira, 17 de março de 2009

Paris

Quando fomos para Paris, já estava cansada de viajar. Cansada no bom sentido, claro. Já tínhamos completado 8 meses longe do Brasil, com mochila nas costas, calças rasgadas de tanto andar, a unha sem fazer, o cabelo sem cortar, alguns (bons) quilos acima do peso e uma saudade difícil de encaixar na rotina. Enfim, cansadas. Mas Paris não perdoou. Com carrosséis e os 140 tipos de queijo. Por mais que eu tentasse ficar em casa, não deu. E foram alguns meses assim - sem parar. Porque a cidade não termina. Eu mesminha - com todas as minhas neuroses de ‘tenho que aproveitar até a última gota’- não consegui fazer tudo que eu queria. Porque é muito gostinho de tarte au citron. 2 séculos para erguer a Notre Dame e o Le Monde estampando notícias das atrocidades mundiais. A rasgação de seda é tanta, que fica difícil não cair nos lugares comuns. Mas cada um tem a sua Paris. A minha é incrível: tem cheiro de pão, livraria da TASCHEN, pés cansados e um ar inebriante de vinho. Uma certa melancolia, talvez. O frio e o fio de sol naquele rio. As histórias são inúmeras: que Hitler não teve coragem de bombardear a cidade porque estupefacto com a beleza construída ; que Picasso e Modigliani já saíram na mão pelas ruas de montmartre; que o FRANCISCO Buarque de Hollanda mora ali, na île de Santi Louis e adora tomar café no de Flore. E maio de 68 e o romance todo atrapalhado e interessante de Sarte com a Beauvoir. Não tem fim. E só porque eu vou dar um pulinho lá e porque quero que minhas férias comecem antes... é aqui mesmo pessoal.

7 comentários:

disse...

au revoir à Paris ahahahahah

Pi disse...

hahahaha incrível!!!!!!!!!

à bientôt cherie :)

Uma Ju disse...

luxo, mazi!

Anônimo disse...

se joga!!

Anônimo disse...

Niiiiilds!
Saudas desse nossos moment que vc vai matar por mim :)
aproveita pra conhecer mais uma "nova" Paris.
beijocas

Renata Megale disse...

bon voyage!
a minha paris é mais trágica,
eu dentro do metro sendo agredida por um guarda-chuva de uma velhinha porque... por que mesmo?
je ne sais pas! je suis bresilien. e falo mal frances e sim, nao consigo acreditar que voces são o centro do mundo.
mas eu vou voltar para que o gosto do croissant permaneça mais forte do que as pauladas da gentil senhora.
beijo e bon voyage... ah, se encontrar a velhinha fala que eu mandei um bisou!

M. disse...

vc conseguiu descrever um pouquinho daquele deslumbre todo! acabei de voltar de lá, marinheira de primeira viagem, e ainda estou deslumbrada!
um brinde a beira do rio sena, s’il vous plaît!